Faz um ano que não publico nada por aqui. Foi um ano muito intenso, com muitos acontecimentos pelo meio, uns bons e outros maus ...
Entre a morte da minha mãe no final de Abril de 2015, emprego novo em Maio, viagem a Lanzarote em Setembro, viagem a Londres em Dezembro, entre outro acontecimento muito importante no fim de Fevereiro deste ano, achei melhor em viver a vida e aproveitar cada segundo dela e um dia de cada vez! Sinceramente também não estava com muita paciência, nem vontade para escrever.
Tenho a certeza que foi a melhor decisão que tomei.
Aos poucos vou atualizando as coisas por aqui.
Gretel's Life
Porque a vida tem que ser vivida em todos os momentos, sejam eles bons ou maus!!!
15 de abril de 2016
20 de abril de 2015
Comunicação e relação de casal ...
“Communicare”
significa pôr em relação, em comunhão, a tornar comum, permitindo a cada um dos
elementos do casal conhecer-se enquanto indivíduos e enquanto “nós”. Este nós é determinado pelo comportamento de
cada elemento do casal porque duas pessoas em presença uma da outra têm um
comportamento ou outro. Num casal, por vezes, o determinismo individual tem
consequências na dinâmica do casal porque o funcionamento individual é
determinante no funcionamento do casal. Há indivíduos que têm problemas
psíquicos e/ou psicológicos que têm que ser tratados em psicoterapia e não em
Terapia de Casal.
O Nós
do casal, como todas as relações entre duas pessoas, pode ser:
Simétrico – os indivíduos tendem a reflectir o
comportamento do outro, minimizando as suas diferenças e amplificando as
semelhanças comunicacionais, ou seja, cada um dos elementos do casal luta para
«ser igual» (ou «não ser menos» que o outro) ou
Complementar – o comportamento de um sujeito
complementa o do outro, maximizando-se as diferenças existente entre ambos, ou
seja, a relação é estabelecida sobre as diferenças recíprocas entre os
elementos do casal, sendo que um ocupa a posição superior, de quem define a relação,
e outro ocupa a posição inferior, aceitando a definição do outro.
Quando há distorções destes nós, o que acontece é que no nós simétrico há uma rivalidade entre os
dois elementos do casal para que os dois dominem a situação e, isso acaba por
criar frustração nos dois. No nós
complementar, aquele que aceita a definição do outro, complementa-se a este
de forma tão disfuncional que se acaba por anular enquanto pessoa e o outro
tende a manipular todas as situações. Assim, para que a relação de casal funcione
é necessário que esta seja simétrica em algumas áreas e complementar em outras,
que balance entre os dois nós, de forma funcional para o casal. A partir do
momento em que as coisas se tornam disfuncionais, a relação do casal não
funciona porque não há um equilíbrio entre os dois elementos do casal.
A comunicação refere-se tanto à parte verbal (as palavras que utilizamos
= aspectos racionais) como à parte
não-verbal (a nossa apresentação, a forma como posicionamos o nosso corpo e
utilizamos a nossa voz, o nosso comportamento = aspectos emocionais). É impossível não comunicar porque tudo
aquilo que dissermos ou fizermos, consciente ou inconscientemente, intencional
ou não intencionalmente, verbal ou não verbalmente, constitui a comunicação.
Como refere Madalena Alarcão “a
comunicação humana é constituída por sinais verbais, corporais e
comportamentais. Se observarmos do exterior uma interacção entre duas ou mais
pessoas, podemos notar que certas sequências se repetem e que os mesmos
comportamentos se implicam mutuamente.”
A falta de comunicação (seja ela verbal ou
não verbal) entre os elementos do casal pode tronar-se um problema bastante
grande que muitas vezes leva ao fracasso do seu relacionamento amoroso. Há
casais que não têm problemas nenhuns a comunicar com o outro conseguindo
partilhar o que pensam, o que sentem, as suas opiniões, valores, necessidades,
frustrações, as suas alegrais, sucessos, aspirações, sonhos e desejos; e há
outros, que não o conseguem fazer, nem pelas palavras, nem pelos gestos,
comportamentos ou atitudes.
Como diz Daniel Sampaio, o problema é que as
pessoas não discutem a relação. Quando há discussões entre o casal, discute-se
sobretudo como cada elemento do casal satisfaz o outro ou não, estando muito
voltadas para si mesmas. O amor dura para sempre, desde que seja construído ao
longo do tempo, que ambos os elementos do casal se consigam colocar no lugar do
outro e percebam o que o outro está a sentir: se se sente bem com o que o outro
elemento do casal faz ou não.
Um casamento dá trabalho, constrói-se ao longo do tempo e não é um mar de rosas, como muitas pessoas pensam ou idealizam. Sim, claro que se pode tornar num mar de rosas, mas para isso acontecer exige esforço de ambos os elementos do casal. O amor é cuidar, é sentir as necessidades do outro mais como se fossem as do próprio. Podemos igualar o casamento a uma simples planta, planta esta que necessita de ser regada por cada elemento do casal; quando isto não acontece, e só um dos elementos do casal a rega, a planta já não reconhece a importância do outro. Acontece o mesmo num casamento. As acções feitas, os comportamentos tidos, as palavras ditas determinam o desenvolvimento de um casamento e se todas estas coisas só são feitas por um dos elementos do casal, o casamento deixa de estar equilibrado.
Um casamento dá trabalho, constrói-se ao longo do tempo e não é um mar de rosas, como muitas pessoas pensam ou idealizam. Sim, claro que se pode tornar num mar de rosas, mas para isso acontecer exige esforço de ambos os elementos do casal. O amor é cuidar, é sentir as necessidades do outro mais como se fossem as do próprio. Podemos igualar o casamento a uma simples planta, planta esta que necessita de ser regada por cada elemento do casal; quando isto não acontece, e só um dos elementos do casal a rega, a planta já não reconhece a importância do outro. Acontece o mesmo num casamento. As acções feitas, os comportamentos tidos, as palavras ditas determinam o desenvolvimento de um casamento e se todas estas coisas só são feitas por um dos elementos do casal, o casamento deixa de estar equilibrado.
Aí surgem os desconfortos, as discussões, as
meias palavras, os sinais, os comportamentos pouco naturais, os amuos, a
agressividade verbal, o evitamento, o revirar os olhos, etc. Já não há
comunicação eficaz. Há apenas uma corda a ser puxada entre os dois elementos
para ver quem é que ganha.
É importante que entre si o casal fale,
discuta, esclareça, partilhe, se coloque no lugar do outro, tolere, respeite, para
que consiga esclarecer os conflitos existentes, os diferentes pontos de vista
do casal Nesta partilha, não tem que haver nem vencedor nem vencido, o mais
importante é que haja uma comunicação comum, o que cada um sentiu perante o comportamento
do outro.Esta partilha levará a conversas sobre as
fragilidades da relação e à responsabilização do casal como um todo e, não a
acusações individuais a cada um dos elementos do casal. Havendo uma comunicação comum, as mudanças
pequenas ou grandes, acontecem e, a mudança que acontece num dos elementos
potencia a mudança no outro elemento do casal.
Assim é necessário “criar pontes … criar cumplicidades … criar pontos de entendimento”
para que se crie uma relação harmoniosa. Temos que pensar que há sempre
solução, há sempre saída, há sempre uma esperança que as coisas melhorem.
E em jeito de conclusão, tal como referiu Nelson Mandela “Se falares a um homem numa linguagem que ele compreenda, a tua
mensagem entra na sua cabeça. Se lhe falares na sua própria linguagem, a tua
mensagem entra-lhe directamente no coração.”
17 de abril de 2015
16 de abril de 2015
Famílias ...
“O conceito de família não pode ser
delimitado a laços de sangue, casamento, parceria sexual ou adopção. Qualquer
grupo cujas ligações sejam baseadas na configuração suporte mútuo e um destino
comum, deve ser encarado como família”
– Definição de família segundo a OMS em 1994.
Uma família tem de
cumprir duas tarefas primordiais: a de construção de um sentimento de pertença
ao grupo familiar e a da promoção da individualização/autonomização dos seus
elementos. É um sistema sócio-cultural que se deverá transformar, desenvolver e
adaptar aos vários acontecimentos que vão surgindo durante a vida permitindo,
assim, o crescimento psico-social dos seus elementos familiares através do
equilíbrio entre o processo de diferenciação ou de construção de identidade e a
manutenção do sentimento de pertença familiar. Isto pressupõe que haja
flexibilidade de padrões transacionais.
Segundo Madalena
Alarcão, em (Des) Equilíbrios familiares, a família é constituída por vários
subsistemas, mais propriamente quatro: o subsistema individual, o subsistema
conjugal, o subsistema parental e o subsistema fraternal.
O subsistema
individual é composto pelo próprio indivíduo, é o seu eu. No entanto, este eu
também pertence aos outros subsistemas o que acaba por criar um dinamismo que
se reflecte no seu próprio desenvolvimento e na forma como ele está, se
comporta e interage em cada um destes contextos.
O subsistema
conjugal constitui-se por duas pessoas (marido e mulher, mulher e mulher,
marido e marido) que se complementam e se adaptam reciprocamente. Uma das
funções deste subsistema é o desenvolvimento de limites que protejam o casal da
intromissão de outros elementos, como por exemplo os filhos e/ou as famílias de
origem de cada um dos elementos. Este subsistema é de máxima importância para o
crescimento dos filhos porque lhes serve de exemplo para o estabelecimento das
suas futuras relações, do modo como lidar com os conflitos, dos valores a
transmitir, …
Este subsistema é
um espaço privado de suporte afectivo e emocional do casal, de realização
afectiva e de enriquecimento pessoal, uma área privada que não deve ser
invadida pelos filhos nem pela família alargada.
O subsistema
parental tem como objectivo principal a educação e protecção das gerações
mais novas. “É a partir das interacções pais-filhos que as crianças aprendem o
sentido da autoridade, a forma de negociar e de lidar com o conflito.” (…)
Assim, este subsistema facilita o adequado processo evolutivo dos filhos,
promove a sua socialização, exige uma grande flexibilidade e constante
adaptação às diferentes fases de adaptação dos filhos, tendo sempre presentes o
amor, a autoridade, a flexibilidade, entre outros. É como se fosse sempre uma “faca
de dois gumes”: os pais não podem proteger e guiar sem controlar e
restringir; mas os filhos não podem crescer e tornar-se autónomos sem rejeitar
e atacar.
O Subsistema
fraternal é constituído pelos irmãos. “É um lugar de socialização e de
experimentação de papéis face ao mundo extra-familiar, primeiro em relação à
escola e depois em relação ao grupo de amigos e ao mundo do trabalho. (…) É
aqui que as crianças desenvolvem as suas capacidades relacionais experimentando
o apoio mútuo, a competição, o conflito e a negociação das brincadeiras
solidárias e nas «guerras».” Nas famílias numerosas, os filhos agrupam-se
em vários subsistemas, de acordo com a idade ou nível de desenvolvimento, o que
ser reconhecido pelos pais.
Os subsistemas têm
funções diferentes, mas estão intimamente ligados, logo devem ter regras e
fronteiras bem definidas entre eles, mas ao mesmo tempo deverão ser flexíveis
para permitirem a intercomunicação. É como se a família fosse uma balança e
esta balança tivesse quatro pratos. Estes quatro pratos deverão estar
equilibrados para que consiga existir equilíbrio entre os vários elementos do
sistema familiar. Quando não existe este equilíbrio, é porque as regras e as
fronteiras não estão bem definidas e são frouxas, permitindo a interferência constante
dos outros subsistemas, permitindo, assim, que ocorram formas de relações
simbióticas, coligações, a parentificação, … No entanto, estas regras também
não podem ser extremamente rígidas, porque se assim o forem, acabam por criar
distância e isolamento do casal e empobrecimento de cada um dos seus elementos.
As regras
permitem, assim, “regular a passagem da informação entre a família e o meio
(…) e protegem a diferenciação do sistema e dos seus membros. (…)” Devem
permitir o reconhecimento das características individuais e de maturação
progressiva dos diferentes membros.
A partir da
distinção destes limites/regras definem-se dois tipos de família: as famílias
emaranhadas ou aglutinadas (onde existem fronteiras difusas) e as
famílias dispersas ou desagregadas (onde existem fronteiras rígidas).
As famílias
emaranhadas ou aglutinadas “(…) fecham-se em si mesmas, promovem e alimentam
em exagerado nível de intercâmbios e de preocupações entre os diferentes
elementos, reduzindo as distâncias interpessoais e misturando as fronteiras
entre gerações, subsistemas e indivíduos. Os papéis familiares são rígidos e um
dos pais é, frequentemente, colocado numa posição one-down. Estabelecem fronteiras
rígidas com o exterior e pode restringir as suas capacidades de adaptação,
tornando stressantes todas as solicitações de autonomia que são vistas como
faltas de lealdade para com o sistema familiar.” Assim, há uma falta de
clareza dos limites e fronteiras entre os subsistemas, não permitindo a
individualização dos seus elementos.
As famílias
dispersas ou desagregadas “estabelecem-se fronteiras excessivamente rígidas
no seu interior e difusas com o exterior. (…) Os intercâmbios comunicacionais
entre os subsistemas tornam-se difíceis e as funções de protecção da família estão
diminuídas. Funcionam de forma individualista como um cut-off emocional. Os
papéis parentais são instáveis, apesar da sua aparente rigidez. A agressividade
e os comportamentos anti-sociais.” Assim, existem limites muito marcados,
vivendo cada elemento de modo isolado, sem vivência de pertença ao conjunto
familiar, não existindo vida relacional na própria família.
Uma família
flexível é capaz de se adaptar a circunstâncias diferentes, mantendo a sua
continuidade como grupo e permitindo o crescimento psico-social de cada um dos
seus membros.
Em jeito de
conclusão, numa família saudável “há uma noção de conjunto, existe
fronteiras claras entre gerações, há transmissão de valores familiares, há
flexibilidade nos papéis familiares, a distribuição do poder é flexível e
existe possibilidade de negociação, tem muito espaço para brincar, os sintomas
podem surgir em situações de crise (mas aprende-se com eles), valoriza-se o
diálogo, há uma ligação aberta ao meio social envolvente …”.
15 de abril de 2015
14 de abril de 2015
Dia do café
Diz que hoje é Dia do Café!!! E eu não consigo mesmo passar nenhum dia sem os meus dois (um ao pequeno almoço e outro depois do almoço).
Ah! E o nosso é mesmo um dos MELHORES CAFÉS DO MUNDO!!!!
Feliz dia do Café!!!
11 de abril de 2015
Por cada minuto que nos zangamos perdemos 60 segundos de felicidade
Ontem ao ver os meus e-mails, reparei num da Odisseias com promoções para a decoração de casa. A loja é on-line, é a http://www.mystickit.com/.
Adorei as coisas todas e, para não variar já estou com mil ideias cá para casa :)
E esta frase diz muita coisa e faz-nos pensar sobre outras tantas ...
Quem sabe se para colocar na parede do meu futuro gabinete de Terapia Familiar?!
Acho que é uma óptima ideia.
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